A pior coisa que existe quando estamos solteiras e queremos nos divertir é conhecer um cara incoveniente e pegajoso. Sei lá tem gente que gosta de confete mas não é o meu caso, e os homens tem uma dificuldade tremenda em aceitar isso. Acham que sou fresca, ou acham que sou mau-comida, ou acho que estou fazendo doce. Não entendo essa dificuldade, não sei por que certas figurinhas me acham com cara de quem tem saco pra aguentar papo mole de gente sem graça. Antes de namorar sério, saia de baladinha, dançar, num barzinho sou bem eclética nesse sentido, curto desde balada até festa de peão e não riam me divirto horrores em festas como essa. E foi numa dessa que conheci um cara que inicialmente me parecia bacana, não era bonito, não era alto, não era gostoso, era simplesmente gente fina. No dia seguinte apareceu do nada em casa, com um amigo na garupa da moto. Eu saí desgadeiada na frente de casa sem acreditar que era ele, nem sei como ele descobriu meu endereço, pensei que tinha sido através de amigos em comum. Fomos na casa de uma amiga, conversando, ela ficou com o da garupa e eu fiquei com ele, depois disso ficamos algumas vezes, mas nada a ver, naaaaaaaaaaaaada a ver, ele tinha acabado de sair de um relacionamento e eu tava cagando e andando pra tudo aquilo. Na semana seguinte viajei pra Porto Seguro, tudo de melhor não bati recorde, fiquei só com 2 carinhas, só beijinho, relax. Chego em casa minha mãe avisa:

Beleza.

Ligou denovo no outro dia:

Apareceu em casa.

"Que gata que você tá, com essas marquinhas de biquíni"Conversamos, eu falei pra ele que não tinha nada a ver, mas como homem não se conforma em ouvir um não como resposta, minha vida virou um inferno! Ele aparecia em casa do nada! Ligava em casa, ligava no celular, ligava no celular das minhas amigas!!!

Além de aparecer em casa, em horários absurdos, sem aviso prévio, ele começou a me seguir, aparecer no bairro onde moro, ir me buscar no curso que eu fazia na época e frequentar os lugares que eu frequentava, era final de ano, dia 24 de Dezembro quem aparece em casa? Ele!!!

19:30 da noite olho no celular... Ufa! Quase uma semana e ele não tinha me ligado ainda, será que me livrei? Será que alcancei essa graça? Desço do carro, depois de 4 horas de viagem para chegar na praia que fomos passar o final do ano com a familia, olho pro lado e quem eu vejo? Sim, era ele. Virei ninja, me escondi e graças DEUS não tive o desprazer de ter a companhia desse mala nessa noite, mas na noite seguinte, no dia 31, estava eu, com minha roupinha branca, dançandinho, bebendo uma champagne, livre, leve, e solta... Não!!! Sim, ele estava lá...

PQP! A minha sorte é que estava trebado com um empurrão de "dá licença" ele perdeu o rumo e não me aborreceu mais, pelo menos na praia não. Mas chegando em Sorocaba, adivinham? Sim ele estava novamente no mesmo local que eu estava...

Que bosta! Que inferno! Caralho que cara mala! Bêbado pra variar ele começa a falar um monte de merda, coisa bem babaca de cara escroto, era época da novela: O cravo e a rosa... E o besta ficava me chamando:

Cara chato, escroto, ficava querendo me obrigar a ficar com ele, me prensando na parede, com gracinha perto dos amigos... Tive que ser má, esculachei ele perto dos amigos, sim eu fui grossa muito grossa, nunca na vida fui tão grossa, só assim fiquei livre desse chiclete...

Depois disso não olhei mais pra cara dele...

E ele espalhou pra meio mundo que eu só fiquei com ele por causa do carro

E obviamente falou que me comeu...

E consequentemente que só estava zoando com a minha cara...

É por isso que relembrando minhas, estórias passadas quero mais é entrar no coro e dizer que: